As lições de resiliência que recebemos dos Estoicos inspiraram, mais recentemente, a técnica de psicoterapia conhecida como Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC).
Na década de 1950, desiludido com a abordagem freudiana, o psicanalista americano Albert Ellis se inspirou em Epiteto e Marco Aurélio para desenvolver uma nova técnica de psicoterapia tida como uma precursora da TCC.
Segundo o filósofo e terapeuta Donald Robertson, o estoicismo e a TCC compartilham uma premissa fundamental:
“A ideia de que nossas emoções não são apenas completamente separadas dos nossos pensamentos, crenças e juízos de valor. Mas que nossas emoções mais fortes são, com muita frequência, determinadas pelo tipo de juízos de valor que fazemos. E esses juízos são crenças que podem ser verdadeiras ou falsas e portanto podemos aprender a avaliá-las, questioná-las e alterá-las. A terapia cognitiva moderna usa uma técnica chamada de questionamento socrático. Os Estoicos usavam essa prática também. Para ajudar as pessoas a refletirem racionalmente sobre suas crenças de forma a transformar suas emoções”.
Exercícios em estoicismo para você praticar
1. Inspirando-se nas Meditações, de Marco Aurélio, escreva seu próprio diário filosófico (como ensinaram Sêneca e Epiteto).
Antes de ir para a cama, reflita sobre as coisas mais importantes que aconteceram naquele dia, coisas que são importantes em termos da sua ética pessoal. Pergunte a você mesmo: O que fiz errado? O que fiz certo? E o que ainda precisa ser feito?
2. Exercícios de auto-privação.
Tome banho frio, embora não todos os dias. Os Estoicos faziam alguns exercícios de auto-privação, como tomar banho frio, sair no frio sem casaco ou jejuar.
Segundo essa ideia, se você se privar temporariamente dessas coisas, vai apreciá-las melhor. Vai sentir empatia com pessoas que são privadas dessas coisas. E vai lembrar a você mesmo de que pode sobreviver a esse tipo de situação.