Há muitos e muitos anos havia um homem muito rico que possuía um maravilhoso barco a vapor, mas que com frequência apresentava defeitos.
Um dia, depois de uma viagem especialmente difícil a um país estrangeiro, o motor parou e ninguém conseguiu fazê-lo funcionar outra vez. Um a um, mecânicos e engenheiros daquele país foram chamados para tentar consertar o motor, mas todos fracassaram.
Finalmente, o rico proprietário do barco ouviu falar de um sábio e velho construtor de navios que talvez fosse capaz de ajudá-lo, mas a um preço elevado. O homem rico concordou na hora. Pouco tempo depois, um homem bem velho, com a aparência de quem devia consertar navios há 100 anos, aproximou-se. Ele carregava uma grande sacola com ferramentas e logo se pôs a trabalhar.
Examinou com muito cuidado a enorme rede de canos que entravam e saíam do motor, colocando, de vez em quando, as mãos sobre eles para verificar o calor que emanava de lá. Por fim, o velho construtor de navios abriu sua sacola e pegou um pequeno martelo.
Com suavidade, bateu em um dos canos…
Na mesma hora, o som do vapor atravessando o sistema de canos podia ser ouvido e a máquina voltou à vida, enquanto o construtor de navios colocava o martelo de volta na sacola.
Quando o homem rico perguntou ao construtor quanto lhe devia, ele respondeu que a conta era de dez mil libras, uma soma considerável naqueles tempos.
– Como? – exclamou o homem rico, indignado.
– Você não fez quase nada! Justifique a sua conta ou chamarei a polícia para prendê-lo.
O velho construtor de navios começou a rabiscar algo em um pedaço de papel amassado que tirou do bolso.
O homem rico, ao ler o que estava escrito, sorriu e se desculpou por seu comportamento grosseiro. No papel, estava escrito:
Por bater com o martelo $ 1
Por saber onde bater $ 9.999
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